quarta-feira, 5 de março de 2008

Meu sol.

No café da manhã, sento-me e começo a pensar no dia que me vai pela frente. Escusado será dizer que a motivação se perde quando não estamos a fazer o que realmente queremos da nossa vida. Em algumas ocasiões, arrastar-me-ia até ao meu local de trabalho como um zombie totalmente programado com um pensamento cíclico: "mais um dia, mais um dia...." Hoje, olhei para a frente, para a minha motivação de persistir no meu caminho. Olhei para o amor que sinto pela mulher que escolheu estar ao meu lado apesar dos episódios obscuros que rasgam a minha estabilidade psíquica. Percebi que o que realmente quero está a um momento de distância, que até chegar este momento, a vida continua a correr e que este momento somente está a minha espera, não o contrário. Claro que por vezes gostaria que tudo fosse mais rápido, mas por enquanto porque não usufruir do que a vida tem de bom para me proporcionar? Este estado de vítima corrói toda a minha vitalidade, todo o amor que sinto por mim.
Oh sol radiante, porque espero sempre pela noite esquecendo que é dia? Sinto-me cego pela tua luz, fecho os olhos e nada vejo. Sinto-me cheio de calor quando me acaricias com os teus raios, mas tremo de frio quando o vento gélido sopre na minha direcção. No final do dia quando te escondes no horizonte, sinto que te perdi e anseio pelo dia seguinte. Quando finalmente a minha mente se apazigua, a claridade ilumina cada recanto da minha alma. Nesse preciso momento, aproveito cada minuto que passa e o sol entra pela janela preenchendo o meu corpo. No teu pôr, sei que o meu dia foi pleno e uma brisa de ar fresco penetra no meu ser relembrando-me que estou vivo.
Amo-te mon petit papillon.

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