quinta-feira, 21 de agosto de 2008

Terras do oriente.

Há já algum tempo que não escrevia e a vida não tem obviamente parado. Entre mudança de casa, férias pelo meio, a minha vida tem sofrido uma grande reviravolta. Para ser sincero, uma das mudanças que mais me afectou foi ver o meu irmão partir para Macau. Estando a viver em Portugal, e apesar de já não vivermos na mesma cidade, sempre me senti próximo dele só pelo facto de saber que o podia ver somente deslocando-me de carro. Com meio mundo entre nós, tenho sentido de que fomos ambos isolados em celas trancadas em planetas distintos. Parece que a minha liberdade me foi retirada, pois neste momento já não tenho a possibilidade de fazer umas das coisas que mais adoro neste mundo, estar junto do meu irmão mais novo. É claro que a comunicação, a tecnologia e todos as formas de nos ligarmos uns aos outros permite que nos possamos contactar. No entanto, nenhuma tecnologia consegue ainda substituir a presença.
Com uma dor intensa no peito e na garganta, fico descansado somente por saber que o meu irmão tem a coragem de seguir os seus sonhos e hoje tornou-se o meu melhor mestre. Olho para mim e todos os meus medos a tornar-se um simples nevoeiro em comparação com a tempestade de mudar de vida de uma forma tão radical.
Afinal, o que fazemos neste planeta se não formos ao encontro do nosso sonho?
Obrigado maninho por toda esta aprendizagem. Amo-te como amo a vida. Somos iguais! ;)