sexta-feira, 7 de março de 2008

Amizades.

Não posso dizer que a minha vivência tenha proporcionado muitas oportunidades de desenvolver amizades de longa duração. De facto, nem tenho parado no mesmo sítio durante tempo o suficiente para tal. Mas também devo admitir que não sou um amigo fácil de lidar com. A minha preocupação em ajudar torna-me pouco flexível na minha forma de o fazer porque sou o eterno crente na nossa responsabilidade em todas as situações difíceis da nossa vida, o que me faz ter pouca compaixão para com os sentimentos dos meus amigos. A razão pela qual sou tão exigente é simplesmente porque o sou ainda mais comigo. Não sabendo olhar para mim como um simples ser humano em sofrimento e não me permitindo falhar assim como acarinhar-me, torna-me uma pessoa aparentemente rígida e fria comigo e com todos.
À medida que fui crescendo, tentei procurar ser a pessoa mais estável possível e claramente, falhei. Compreendo que esta minha estabilidade reside na aceitação da imperfeição da minha personalidade e de outros. Os defeitos tornam-me único. Cada um deles identifica-me como pessoa que sou. O que me perturba, é saber que posso provocar sofrimento a mim e a outros devido a estas imperfeições. Mas esta preocupação deixa-me exausto porque procuro sempre a melhor forma de todos ficarem felizes, incluindo eu. Obviamente, nem sempre a encontro.
Na verdade, sou um amigo em aprendizagem, sobretudo para comigo primeiro. Estou a mudar!

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