terça-feira, 28 de setembro de 2010

Hoje o tempo parou!

Hoje o tempo parou!
Decerto todos sentiram o próximo segundo a afastar-se e o último a ser esquecido!
As moléculas do meu corpo pararam e contemplaram finalmente o seu habitat.
Reuniram cada átomo que as formava e apresentaram-se uns aos outros pela primeira vez.
Tiveram um momento para encontrar o seu lugar e, humildemente, assumir a sua função.
Arrumaram a sua casa para que tudo o que fosse supérfluo encontrasse nova utilidade noutro lugar.
Diplomaticamente, reorganizaram as suas tarefas para que o seu objectivo colmatasse com o de todas.
Senti, nesse segundo, conforto. Senti, nesse instante, que tudo fazia sentido.

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

A luta!

Que bela é a esperança que embala a minha disposição
Que formosa é a disposição da minha vida
Que agitada é a vida de uma metrópole
Que intensa é a metrópole do meu berço
Que sereno é o berço do meu espírito
Que sábio é o espírito dos meus irmãos
Que solidários são os meus irmãos de sangue
Que espesso é o sangue das minhas lágrimas
Que penetrantes são as lágrimas de uma criança
Que livre é uma criança do campo
Que pacífico é o campo da minha luta
Que desnecessária é a minha luta pela vida.

domingo, 19 de setembro de 2010

Noite turbulenta.

Esgotado pelo cansaço de uma noite turbulenta e perturbante, deixo-me entorpecido na esperança de encontrar um lugar onde o silêncio me leva a tranquilidade, onde descubro o que me falta para acordar revigorado.

Alheio ao que não me deixa descansar, desejo somente saciar o que o meu ego me deixa ver, o que sinto.

Surdo, deambulo impertinente aguardando um encalço perdido outrora, o caminho para a minha paz.

Desesperado, passo o tempo no meu pensamento, indiferente ao dia que me espera, à oportunidade de encontrar o meu sono.

Passo o prazo e o meu cansaço parece persistir. Rendo-me.

Esgotado pelo cansaço de uma noite turbulenta e perturbante, acordo finalmente com a sensação de ter dormido milénios.