terça-feira, 2 de agosto de 2011

Realidades de outrora

Avisto ao meu redor, vestígios e memórias de edifícios centenários, construídos ao longo de décadas a custo do suor intenso de milhares de trabalhadores, confundidos no meio de estruturas de aço que se esticam até os céus, construídas espontaneamente num virar de olhos.

Estes pomposos monumentos de outrora, onde peças de teatro e operas tiveram lugar, e onde o público sonha, deram lugar a excêntricas arquitecturas e amontoados de vitrinas de lojas onde o público compra os seus sonhos, e escritórios open-spaces encavalitados onde o suor transforma-se em créditos de sonhos.
Deslocando-se de um para o outro, fica escondido o virtuoso e acústico recinto onde a arte é a lucidez dos seus espectadores.

Poder-se-á dizer que, a fartura cria oportunidades de escolhas. É caso para perguntar, porque as escolhas são tão limitadas quando existe tanto por onde escolher?

Sem comentários: